Após deixar a chefia da Microsoft, em 2006, Gates passou a se dedicar quase integralmente à ONG administrada ao lado da esposa, a Bill & Melinda Gates Foundation. A fundação já doou dezenas de bilhões de dólares a diversas causas e tem como meta atual o desenvolvimento de tecnologias para geração de energia limpa. Já na Microsoft, continua a corrida para diminuir a distância criada pelo Google nos últimos anos. O que Gates diria?
“Após meia década de afastamento, me vejo forçado a retomar o controle da Microsoft para enfrentarmos “a ameaça do grátis” de uma vez por todas. Quando ela começou, nós fingimos não perceber. Em poucos anos, o Gmail já tinha nos obrigado a reformular todo o Hotmail e decretou a morte do Outlook Express. E ele sequer é o produto principal do Google.
Aliás, essa é outra constante na “relação” entre as nossas empresas: nós criamos um produto completo e perfeito, e eles vão lá e fazem uma versão reduzida, online e gratuita. Essa coisa de se apropriar do software dos outros é moralmente questionável – foi o que me disseram nos anos 80. Vejam o Google Buzz: mal me cadastrei no Twitter e eles já tem até um serviço igual.
Enquanto vocês ficam batendo papo no Windows Live Messenger (o próximo a chamá-lo de MSN pode se considerar demitido), o Chrome já deixou de ser um navegador melhor que o nosso para se transformar em sistema operacional – que direito e exige doutorado para ser instalado; mas que é gratuito.
Quando defendi que as pessoas pagassem por sistemas operacionais, era complicado prever a guerra dos direitos autorais. Agora precisamos aprender a fazer dinheiro em um mercado cada vez mais aberto e anônimo – a estratégia de vender um produto incompleto com o custo de atualização embutido já não funciona mais. Só não engulo esse Eric Schmidt, que quer tomar até o meu posto de vilão. Um dia eles ainda começam a cobrar pela busca, e aí eu quero ver! ”
Fonte: Estadão
O que Bill Gates diria sobre o Google
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